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Ficha técnica:

"ALÁFIA: fé e (in)tolerância" (2017, 17 min.)

Direção: Isley Borges
Imagens de Olívia Franco e Bruna Freitas
Som direto de Alex Oliveira
Edição de Yuji Kodato
Desenho de som de Lucas Vidal
Produção executiva de Raissa Dantas
Agradecimentos especiais ao Centro Cultural Orè – Egbé Ilè Ifá e à Tenda Coração de Jesus.

ALÁFIA significa tudo de mais maravilhoso. É melhor que Odara. É a posição do jogo de búzios na qual dezesseis deles caem abertos, sinalizando beleza, prosperidade, maravilhosidade. É antídoto para as intolerâncias. “ALÁFIA” documenta África e Brasil, fé e crença, sensibilidade e mediunidade, éticas e estéticas religiosas.


Penetrando no âmago de terreiros de umbanda e candomblé uberlandenses (Centro Cultural Orè – Egbé Ilè Ifá e Tenda Coração de Jesus), o curta-metragem “ALÁFIA: fé e (in)tolerância” objetiva a debater a questão da intolerância religiosa com a religiosidade afro-brasileira. Três ialorixás são as personagens centrais de um enredo que coloca a descoberto o racismo à brasileira, mas, também, a beleza do culto aos orixás e às entidades negras e indígenas. 


“Quando as pessoas não conhecem, elas têm o preconceito. Muitos consulentes em desequilíbrio, quando procuram o axé, acreditam que somos “bruxos”, que temos um caldeirão de magia. E eu digo: eu não sou essa bruxa, mas sou uma alquimista, alguém que conhece os elementos da natureza e o resultado de suas combinações”, conta a ialorixá Ifatoki Cristina de Osùn, iniciada no candomblé há 42 anos e liderança religiosa do Centro Cultural Orè.


Muitos acreditam, erroneamente, que em Uberlândia não se pode falar de intolerância religiosa. A ialorixá Mirelli de Oxóssi conta que a Tenda Coração de Jesus já necessitou interromper os seus trabalhos por causa de um vizinho que, incomodado com a movimentação, ligou para a polícia. Quando abordada pela autoridade policial que pretendia detê-la, avisou: “O senhor está aqui para me defender. Para dar a mim a liberdade de culto aos meus orixás, preto-velhos e caboclos. No meu tambor ninguém toca! Porque o meu tambor é sagrado e tem alguém que é responsável por ele”.


O diretor, Isley Borges, explica que o curta-metragem poderá servir de suporte pedagógico a educadores que queiram inserir o debate sobre intolerância religiosa e cultura afro-brasileira no ambiente escolar. “Penso que ALÁFIA seja um material capaz de colaborar para a efetivação das leis federais 10.639/2003 e 11.645/2008, que tornam obrigatórios os ensinos das culturas africana e indígena nas escolas brasileiras”, completa. 


“ALÁFIA: fé e (in)tolerância” faz parte do projeto “Narrativas Da Pá Virada”, financiado pela Lei Municipal de Incentivo à Cultura da Secretaria de Cultura de Uberlândia. Trata-se uma web-série documental/jornalística com seis episódios, sintonizada com o midialivrismo e com a produção audiovisual alternativa.


O diretor de “ALÁFIA: fé e (in)tolerância” é Isley Borges jornalista e mestre pela Universidade Federal de Uberlândia. Atua como jornalista e midialivrista desenvolvendo intervenções sobre cultura, religiosidade e arte no espaço urbano.

Noite de Lançamento

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